Ministro da Saúde recebe governadores para discutir vacinação contra a Covid-19

Ministro da Saúde recebe governadores para discutir vacinação contra a Covid-19

Brasil Destaque Economia
Joaquim
8 de dezembro de 2020
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Governadores foram ao Palácio do Planalto nesta terça-feira (8) para uma reunião com o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, sobre a vacinação contra a Covid-19 no país. Outros governadores participaram por videoconferência. Até a última atualização desta reportagem, a reunião ainda não havia terminado.

Entre os governadores que foram ao Planalto estavam: Wellington Dias (PT), do Piauí; Fátima Bezerra (PT), do Rio Grande do Norte; Paulo Câmara (PSB), de Pernambuco; Gladson Cameli (PP), do Acre; Helder Barbalho (MDB), do Pará; e Ronaldo Caiado (DEM), de Goiás.

Em entrevista antes do encontro, os governadores destacaram a necessidade de definir, junto com o governo federal, um cronograma para vacinação contra a Covid-19.

“O que o Brasil espera neste exato momento é uma posição clara do governo federal, tendo em vista que cabe ao governo federal, sim, coordenar toda essa estratégia a nível nacional. Nós precisamos de calendário, de data. Nós precisamos desse programa definido, das etapas”, disse Fátima Bezerra.

Também nesta terça, a Confederação Nacional dos Municípios (CNM) divulgou uma nota reivindicando que o governo federal adquira todas as vacinas reconhecidas como seguras e eficazes contra a doença e organize a distribuição por todo o país. Pedido semelhante ao feito por secretários de Saúde.

As cobranças de estados e municípios para que o governo do presidente Jair Bolsonaro apresente um planejamento detalhado do plano nacional de imunização contra a Covid-19 vem aumentando nos últimos dias.

Até agora, o governo divulgou uma estratégia preliminar, dividida em quatro etapas. Em cada etapa, vai ser vacinada uma parcela diferente de categorias consideradas mais vulneráveis ou expostas ao coronavírus.

O Ministério da Saúde informou que a expectativa é imunizar 109,5 milhões de pessoas em 2021.

VACINAS

Antes do encontro com Pazuello, o governador Paulo Câmara foi questionado se os estados poderão aplicar vacinas que não tenham passado pela aprovação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

Câmara respondeu que a legislação aprovada no Congresso no início da pandemia com regras para agilizar o combate à Covid-19 prevê a possibilidade de se usarem vacinas que já tenham sido aprovadas por agências internacionais, mesmo antes do aval da Anvisa.

“Tem que avaliar caso a caso, e a própria legislação aprovada este ano já prevê essas cooperações entre as agências reguladoras no mundo tudo”, disse o governador. “Onde tiver vacina que tenha eficácia, que tenha registro, verifique se esse registro está adequado com a normas brasileiras e vamos vacinar a população. É isso que a gente vai pedir aqui hoje ao ministro”, acrescentou.

Wellington Dias também se manifestou a favor do uso de vacinas já aprovadas em outros países. O governador do Piauí ainda cobrou o governo federal para que as vacinas sejam aplicadas no Brasil inteiro ao mesmo tempo. O governo de São Paulo anunciou o início da vacinação no estado para o dia 25 de janeiro.

“Se um estado começar isoladamente começar a fazer vacinação, o Brasil inteiro vai correr para lá, vai ter uma situação gravíssima. Ou seja, tem que pensar um plano nacional”, afirmou Dias.

Na segunda-feira (7), o governo federal anunciou que deve assinar nesta semana o memorando de intenção de compra de 70 milhões de doses da vacina produzida pela Pfizer e pela Biontech.

Até então, o governo tinha acordo só com a vacina desenvolvida pela Universidade de Oxford, do Reino Unido, e a farmacêutica AstraZeneca. Esse acordo prevê, inicialmente, 100 milhões de doses.

O instituto Butantan, em São Paulo, desenvolve a vacina Coronavac em parceria com a farmacêutica chinesa Sinovac. No Paraná, o governo local assinou uma parceria com a Rússia para desenvolvimento da vacina Sputnik V. No Distrito Federal, está em fase de testes a vacina belga produzida pelo laboratório Janssen.

 

 

G1

Joaquim Franklin

Joaquim Franklin

Formado em jornalismo pelas Faculdades Integradas de Patos-PB (FIP) e radialista na Escola Técnica de Sousa-PB pelo Sindicato dos Radialistas da Paraíba.

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