PSB vai indicar Alckmin para chapa de Lula na primeira quinzena de abril

PSB vai indicar Alckmin para chapa de Lula na primeira quinzena de abril

Brasil Destaque
Joaquim
28 de março de 2022
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O PSB vai indicar formalmente o nome de Geraldo Alckmin ao PT na primeira quinzena de abril para a formação da chapa com o ex-presidente Lula (PT). Este será o próximo passo para a confirmação do ex-governador paulista como candidato a vice do petista.

Dirigentes das duas siglas tiveram um encontro na quarta-feira (23), após a cerimônia de filiação de Alckmin ao PSB. Embora nenhum calendário formal tenha sido fechado, ficou estabelecido um plano para que esse processo avance nas próximas semanas.

A ideia é que o comando do PSB organize conversas internas para confirmar a indicação de Alckmin e faça uma reunião com a cúpula petista nas primeiras semanas de abril, em São Paulo, para levar à legenda aliada o nome do ex-governador. A indicação já foi definida, mas o ato faz parte da chamada liturgia partidária.

Tanto dirigentes do PT como do PSB querem que esse rito ocorra nos primeiros 15 dias de abril, para permitir que a indicação formal ocorra antes do “lançamento da pré-candidatura” de Lula -o que deve ocorrer até o início de maio.

Neste evento, o ex-presidente pretende lançar a chapa completa para a disputa eleitoral, incluindo o nome de Alckmin como vice.

Apesar de oficialmente os candidatos só serem definidos nas convenções partidárias, de 20 de julho a 5 de agosto, a maioria dos partidos já está em campanha aberta e conta, para isso, com a leniência da Justiça Eleitoral.

As siglas têm usado, por exemplo, as propagandas partidárias para promover seus pré-candidatos, o que é uma burla à lei eleitoral.

A Folha mostrou também a discussão sobre eventos de “lançamento da pré-candidatura” –situação que não existe na lei– de Bolsonaro e de Lula, reformulados para algo próximo a um encontro partidário para tentar escapar da caracterização explícita de campanha antecipada.

Até o evento de “lançamento da pré-candidatura de Lula”, o PT deve avançar algumas casas em sua burocracia interna. A direção da sigla aprovou na quinta-feira (24) uma coligação com o PSB para a campanha presidencial, dentro das discussões de sua tática eleitoral.

Quando o nome de Alckmin for indicado oficialmente pelo PSB, os petistas pretendem convocar um encontro do partido para votar e aprovar o nome do ex-governador paulista como vice de Lula.

A maioria dos dirigentes do PT já apoia a chapa, mas a indicação formal e a aprovação fazem parte de um processo para contornar e vencer resistências internas que permanecem vivas no PT.

Alguns dos principais nomes contra a participação de Alckmin na chapa são os do deputado Rui Falcão (PT-SP) e do ex-ministro José Genoino (PT-SP), ambos ex-presidentes da sigla.

Como mostrou a Folha, Falcão chamou de temerária a eventual escolha do ex-tucano como vice do petista durante reunião virtual de correntes de esquerda do partido.

Reclamações dessa ala foram levadas à reunião do diretório nacional do PT na quinta-feira (24), embora o encontro não tivesse nenhuma deliberação a respeito da vice-presidência.

Apesar dessas resistências, a tendência é o nome de Alckmin ser chancelado pelo partido.

Integrantes da cúpula petista ainda não apontam uma data para que seja apresentado um pedido de aprovação oficial do nome do ex-tucano.

Segundo a presidente PT, Gleisi Hoffmann, a chapa pode ser apresentada mesmo que todos os procedimentos internos ainda não tenham sido concluídos. A cúpula do PSB também avalia que o ideal é deixar a indicação de Alckmin formalizada para que haja o anúncio por Lula.

O próprio Lula disse que esse é seu plano, numa entrevista à rádio Som Maior, de Criciúma (SC), na terça-feira (22). “Quando eu decidir que vou ser candidato, a imprensa toda vai ser comunicada. Eu vou anunciar a chapa que a gente vai construir no Brasil, vou anunciar os partidos que vão estar conosco e, aí, a eleição vai começar”, declarou.

Segundo o petista, o lançamento da chapa completa tem o objetivo de apresentá-lo como um candidato não apenas do PT, mas do que ele chamou de “um movimento para restabelecer a democracia neste país”.

Na quarta-feira, Alckmin indicou que sua filiação daria início a uma articulação entre as direções dos dois partidos para a formalização da aliança. “[A entrada no PSB] encerrou uma etapa, que é a etapa da filiação. Agora se discute chapa”, declarou. “É um entendimento político, conversa que deve ser conduzida pelos partidos.”

 

 

Folha Press

Joaquim Franklin

Joaquim Franklin

Formado em jornalismo pelas Faculdades Integradas de Patos-PB (FIP) e radialista na Escola Técnica de Sousa-PB pelo Sindicato dos Radialistas da Paraíba.

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