TCE segue Ministério Público e reprova, por unanimidade, contas de 2018 do ex-governador Ricardo Coutinho

TCE segue Ministério Público e reprova, por unanimidade, contas de 2018 do ex-governador Ricardo Coutinho

Destaque Paraíba
Joaquim
25 de janeiro de 2022
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O Tribunal de Contas do Estado da Paraíba (TCE-PB) reprovou, nesta segunda-feira (24), as contas do exercício financeiro de 2018 de Ricardo Coutinho. O Ministério Público de Contas (MPC) já havia se posicionado pela reprovação das contas. A apreciação aconteceu em sessão extraordinária remota após três adiamentos e durou cerca de quatro horas e contou com a presença do ex-governador que fez sua defesa.

O relator, conselheiro Oscar Mamede Santiago Melo, deu parecer pela reprovação e foi acompanhado pelos colegas, em unanimidade pela reprovação das contas, conforme apurou o ClickPB.

Inicialmente, as contas deveriam ter sido julgadas no dia 06 de dezembro de 2021, mas a pedido da defesa, foi adiada para dia 20 de dezembro, novamente remarcada para dia 22 de dezembro e por fim, ocorrida na data de hoje. No último adiamento, houve mudança de advogado e a defesa alegou necessidade de tempo para analisar o processo. Além disso, Ricardo Coutinho também apresentou um atestado médico.

Na mesma sessão também foram julgadas as contas do mesmo período da vice-governadora Lígia Feliciano, que exerceu a função de governadora por três dias no ano de 2018. Neste caso, o MPC foi pela legalidade de contas. Já de Ricardo Coutinho foi pela reprovação das contas, pois foram apresentadas irregularidades, entre elas o grande número de codificados.

De acordo com o relator do processo, o conselheiro Oscar Mamede Santiago Melo, “graves falhas que contrariam o dever de boa gestão pública como por exemplo, persistência de grande número de codificados na estrutura administrativa do estado, a inobservância do piso vital mínimo constitucional nas áreas da educação e saúde, além das irregularidades denotativas de direta ao primado da transparência”.

Como acompanhado pelo ClickPB, o advogado de Ricardo Coutinho pediu 30 minutos para apresentar a defesa. Presente on-line na sessão, o ex-governador usou o espaço para explicar sobre codificados na sua gestão e garantiu que esse modelo de contratação existe há anos na história do Estado. Falou ainda sobre ações executadas nos oito anos de seus mandatos e disse sofrer perseguição de pessoas que querem lhe afastar da política.

Joaquim Franklin

Joaquim Franklin

Formado em jornalismo pelas Faculdades Integradas de Patos-PB (FIP) e radialista na Escola Técnica de Sousa-PB pelo Sindicato dos Radialistas da Paraíba.

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