250 mil mortos: um ano após 1º caso, Brasil tem recorde de média diária de óbitos por Covid-19

250 mil mortos: um ano após 1º caso, Brasil tem recorde de média diária de óbitos por Covid-19

Brasil Destaque
Joaquim
25 de fevereiro de 2021
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Nesta sexta-feira (26) o Brasil completa um ano do primeiro caso confirmado de Covid-19. Um homem de 61 anos, residente em São Paulo, tinha feito uma viagem para a Itália, um dos focos da doença à época, entre 9 e 21 de fevereiro e a confirmação da contaminação foi feita em 26 de fevereiro de 2020.

Desde então, os números da doença só cresceram em todo o Brasil que passou por picos de mortes e contaminação em vários estados e agora passa pela segunda onda. Nesta quarta-feira (24), de acordo com o boletim extra do consórcio de veículos de imprensa, foram registrados 1.390 novos óbitos até as 18h18, totalizando 250.036 no país.

Na Paraíba, o primeiro caso de infecção pelo novo coronavírus foi registrado no dia 18 de março, em João Pessoa. O paciente era um idoso de 60 anos.

De acordo com o boletim epidemiológico divulgado nessa quarta-feira (24), 15 novos óbitos foram confirmados desde a última atualização, sendo 09 deles nas últimas 24h. Os óbitos ocorreram entre os dias 11 e 24 de fevereiro de 2021, sendo dois deles em hospitais privados e os demais em hospitais públicos. Com isso, o estado totaliza 4.419 mortes.

Mortes

No Brasil, a primeira morte aconteceu em 12 de março, de acordo com o Ministério da Saúde. Antes acreditava-se que a data era 16 de março, mas a informação foi revista após resultados de exames e confirmada em julho.

A vítima, Rosana Aparecida Urbano, de 57 anos, foi internada no Hospital Municipal Doutor Carmino Cariccio, na Zona Leste de São Paulo, um dia antes de falecer em decorrência da doença.

Foram necessários 100 dias para que o número chegasse a 50 mil – marca atingida em 20 de junho do ano passado. A mesma quantidade de pessoas foi atingida em apenas 48 dias este ano, quando em 7 de janeiro a cifra chegava a 200 mil e em 24 de fevereiro ultrapassa os 250 mil. O ritmo das mortes deve continuar acelerando e o país pode atingir 300 mil mortes ainda no mês de março.

A primeira morte causada pela doença na Paraíba foi registrada em 31 de março. A vítima foi um homem, de 36 anos, que morava em Patos, no Sertão paraibano, e estava internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Clementino Fraga, em João Pessoa.

Quarentenas

Os estados brasileiros decretaram quarentenas, mas o governo federal não tomou uma medida que unificasse o combate à pandemia em todo o Brasil. Seis meses após o início da pandemia, a curva de contágios e mortes se estabilizou no patamar mais alto com números próximo a 1000 mortes por dia.

Na Paraíba os decretos que estabeleceram o “Novo Normal” estabeleceu o critério de bandeiras no estado, no qual as medidas de restrição da circulação de pessoas varia de acordo com a cor. Após um período em bandeiras amarela e verde, os números de bandeiras laranja voltaram a subir em todo o estado, principalmente no Sertão, após as eleições, festas de fim de ano e carnaval.

Os critérios que baseiam a classificação das regiões são:

  • ocupação de leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTIs);
  • total de leitos por 100 mil habitantes;
  • variação de novas internações, em comparação com a semana anterior;
  • variação de novos casos confirmados, em comparação com a semana anterior;
  • variação de novos óbitos confirmados, em comparação com a semana anterior.
  • Na fase verde também é considerado óbitos e casos para cada 100 mil habitantes;

Esses critérios definem em qual das cinco fases de permissão de reabertura a região se encontra:

  • Fase 1 – Vermelha: Alerta máximo
  • Fase 2 – Laranja: Flexibilização
  • Fase 3 – Amarela: Abertura parcial
  • Fase 4 – Verde: Normal controlado

Vacina

Em 2 de dezembro de 2020, o imunizante produzido pelas biofarmacêuticas Pfizer e BioNTech, foi aprovado no Reino Unido e a vacinação marcada para a semana seguinte.

No Brasil a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) aprovouem 17 de janeiro os pedidos de uso emergencial no Brasil das vacinas CoronaVac, produzida pelo Instituto Butantan com o laboratório chinês Sinovac, e AstraZeneca, desenvolvida pela Universidade de Oxford com a Fiocruz.

A enfermeira Marineide Rodrigues Gouveia Ferreira, de 60 anos, foi a primeira pessoa a se vacinar contra a Covid-19 na Paraíba, no dia 19 de janeiro.

O balanço da vacinação contra Covid-19 desta quarta-feira (24) aponta que 6.179.900 de pessoas já receberam a primeira dose de vacina contra a Covid-19, segundo dados divulgados até as 20h. O número representa 2,92% da população brasileira.

A segunda dose já foi aplicada em 1.584.569 pessoas (0,75% da população do país) em todos os estados e no Distrito Federal.

No total, 7.756.829 doses foram aplicadas em todo o país.

Na Paraíba 106.521 (2,64%) tomaram a primeira dose e 22.453 (0,56%) tomaram a segunda.

Novos fechamentos

Médicos, virologistas e epidemiologistas em consenso acreditam que as medidas de isolamento do Brasil não são suficientes, sendo a ausência delas o principal fator para altas taxas de transmissão e mortes.

Principais erros

  • demora para fechar as fronteiras;
  • implementação ineficaz – quase nula – de barreiras sanitárias;
  • política inexistente de testes e rastreamento de contatos e de assintomáticos;
  • queda na taxa de testagem; e
  • falta de liderança e incentivo ao isolamento por parte do presidente, governadores e prefeitos

 

Marília Domingues

Joaquim Franklin

Joaquim Franklin

Formado em jornalismo pelas Faculdades Integradas de Patos-PB (FIP) e radialista na Escola Técnica de Sousa-PB pelo Sindicato dos Radialistas da Paraíba.

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