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Emendas devem entrar na mira dos cortes do governo, se MP dos impostos não for aprovada

Emendas devem entrar na mira dos cortes do governo, se MP dos impostos não for aprovada

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) recebeu o presidente da Câmara, Hugo Mota (Republicanos), ministros e líderes da base para uma reunião de emergência, de duas horas, no Palácio da Alvorada, de olho no pacote fiscal.

O presidente pediu a Motta uma avaliação do clima no Congresso, diante do que o próprio governo já trata como “uma derrota anunciada”: a votação, nesta segunda-feira (16), da urgência para derrubar o novo decreto de aumento do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), que afeta operações de crédito e compra de moeda estrangeira.

Como o governo já jogou a toalha, a grande preocupação é aprovar a medida provisória que eleva outros impostos, defendida pela equipe econômica como “correção de distorções”.

Situação das emendas

Motta já tinha voltado para a Paraíba, quando recebeu o convite para a reunião. Devido a isso, resolveu retornar à Brasília. Lula afirmou que a medida provisória garante o orçamento como está, mas, se o texto não for aprovado, as emendas parlamentares, por exemplo, entram na mira dos cortes.

Entre as propostas, está a cobrança de 5% de Imposto de Renda sobre títulos hoje isentos, como LCA e LCI, usados pelo agronegócio e pelo setor imobiliário para alavancar investimentos. Também acaba o incentivo para manter recursos em aplicações como CDBs, Tesouro Direto e fundos. A partir de 2026, o ir padrão passaria para 17,5%, maior que a alíquota mínima cobrada atualmente, de 15%.

Reações

Representantes da indústria e da agricultura afirmam que a mudança pode encarecer alimentos. Até o centrão, que faz parte da base de apoio a Lula, protestou. Motta ainda não marcou a votação da medida provisória.

Sem alteração nos impostos, aliados do governo veem efeitos negativos. Segundo o líder do PT na Câmara, o deputado Lindbergh Farias, programas sociais e emendas podem ser afetados.

“Vai ter consequências em programas sociais. Vai ter consequência em emendas parlamentares. Então, cada um aqui é adulto para optar e tomar suas decisões”, pontuou o petista.


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Joaquim Franklin

Formado em jornalismo pelas Faculdades Integradas de Patos-PB (FIP) e radialista na Escola Técnica de Sousa-PB pelo Sindicato dos Radialistas da Paraíba.

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