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Após silêncio de Lula, Davi Alcolumbre promulga Dia da Amizade Brasil-Israel

Após silêncio de Lula, Davi Alcolumbre promulga Dia da Amizade Brasil-Israel

O presidente do Congresso, Davi Alcolumbre, promulgou nesta quarta-feira (25) o projeto de lei que institui o Dia da Amizade Brasil-Israel, a ser celebrado anualmente em 12 de abril.

O projeto foi aprovado em 29 de maio, mas não foi sancionado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) dentro do prazo de 15 dias úteis, que se encerrou em 18 de junho.

Primeiro judeu a presidir tanto o Senado como o Congresso, Davi Alcolumbre destacou a importância histórica e simbólica da iniciativa, que homenageia a relação entre os dois países. Ele lembrou que a escolha da data está associada à instalação da primeira representação diplomática brasileira em território israelense, em 1951, e reforçou que o projeto havia sido apresentado há mais de 10 anos pela então presidente Dilma Rousseff, mas só agora foi aprovado e promulgado.

“Ao longo desse tempo, nunca se perdeu o sentido dessa homenagem. Reconhecer a importância da comunidade judaica no Brasil é fortalecer os laços históricos do Brasil, dos brasileiros, com Israel. A nova lei vai além da diplomacia; ela reconhece e valoriza a contribuição histórica, cultural e social da comunidade judaica do Brasil, uma comunidade vibrante, plural e profundamente enraizada em nosso tecido nacional”, destacou Alcolumbre.

O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) manifestou indignação com o presidente Lula, que não sancionou o projeto. O senador sugeriu que tal atitude revela uma escolha política contrária ao povo brasileiro e ao Estado de Israel, sobretudo em meio ao atual conflito na região.

Também judeu, o senador Jaques Wagner (PT-BA), líder do governo no Senado, enfatizou seu orgulho pessoal pela ascendência judaica e sua trajetória familiar marcada pela Segunda Guerra Mundial. Ele lembrou que o projeto de lei que deu origem ao Dia da Amizade Brasil-Israel é de autoria da ex-presidente Dilma Rousseff, e argumentou que isso afasta interpretações que “politizam” o tema.

Jaques Wagner também defendeu o presidente da República, negando que Lula seja antissemita.


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Joaquim Franklin

Formado em jornalismo pelas Faculdades Integradas de Patos-PB (FIP) e radialista na Escola Técnica de Sousa-PB pelo Sindicato dos Radialistas da Paraíba.

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