A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) anunciou, nesta sexta-feira (31), a manutenção da bandeira vermelha patamar 1 nas contas de energia elétrica durante o mês de novembro.
Com isso, os consumidores pagarão um acréscimo de R$ 4,46 a cada 100 quilowatts-hora (kWh) consumidos.
Nos meses de agosto e setembro, vigorou a bandeira vermelha patamar 2, com cobrança de R$ 7,87 por 100 kWh. Já em outubro, o valor foi reduzido para o patamar 1, que agora será mantido.
Motivos da decisão
De acordo com a Aneel, a manutenção da bandeira se deve ao baixo volume de chuvas e à consequente redução no nível dos reservatórios das usinas hidrelétricas.
“O cenário segue desfavorável para a geração hidrelétrica, devido ao volume de chuvas abaixo da média e à redução nos níveis dos reservatórios. Dessa forma, é necessário acionar usinas termelétricas, que têm custo mais elevado, justificando a manutenção da bandeira vermelha patamar 1”, explicou a agência.
A Aneel também destacou que a geração solar é intermitente, o que exige o acionamento das termelétricas em períodos sem luz solar, especialmente nos horários de ponta.
Entenda as bandeiras tarifárias
Criado em 2015, o sistema de bandeiras tarifárias reflete os custos variáveis da geração de energia no Sistema Interligado Nacional (SIN).
As bandeiras funcionam como um indicador de custo:
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Verde: não há cobrança adicional;
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Amarela: há acréscimo moderado;
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Vermelha (patamar 1 e 2): o custo da geração é mais alto, resultando em tarifas maiores.
Segundo a Aneel, o sistema visa dar transparência aos consumidores sobre as condições de geração e incentivar o uso consciente de energia elétrica.


