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Estudantes da ECIT Nobel Vita da cidade de Coremas participam de projeto de iniciação científica

Estudantes da ECIT Nobel Vita da cidade de Coremas participam de projeto de iniciação científica

Aproximar os estudantes da iniciação científica é um dos propósitos do projeto “Educação Steam e a Pesquisa Científica: promovendo competências e valores para o futuro na ECIT Advogado Nobel Vita” desenvolvido pelo professor Robson Silva Cavalcanti e pelos alunos da 1ª a 3ª série do Ensino Médio da ECIT Advogado Nobel Vita, localizada na cidade de Coremas, no Sertão paraibano. O projeto já rendeu nove publicações de artigos em importantes revistas de iniciação científica do país.

 

O mais recente foi publicado na Revista ARACÊ, intitulado “Uso Inadequado de Celulares em Sala de Aula: Impactos na Concentração e Aprendizagem na ECIT Advogado Nobel Vita”. O trabalho recebeu certificado da New Science Publishers e foi classificado como A2 no Qualis CAPES. Essa classificação A2 é referente a periódicos de excelência internacional, já o Qualis CAPES é um sistema de classificação da qualidade da produção científica.

 

O objetivo do artigo foi de identificar as finalidades do uso do celular e compreender as percepções de discentes e docentes sobre o tema. A metodologia empregou uma abordagem mista, combinando elementos quantitativos e qualitativos. O resultado revelou que o uso inadequado do celular é amplamente prevalente, com 68,1% dos alunos admitindo praticá-lo. O estudo aponta para a necessidade premente de implementar estratégias que promovam a conscientização dos alunos e de políticas institucionais que limitem o uso inadequado, ao mesmo tempo em que se considera o potencial da tecnologia como ferramenta pedagógica.

 

Para ter resultado das publicações, o professor Robson Cavalcanti envolveu os jovens em um ciclo da pesquisa: formulação do problema, revisão de literatura, desenho metodológico, coleta e análise de dados, escrita, revisão entre os pares do projeto e divulgação dos resultados. O ponto de partida são temas do território e do cotidiano dos alunos, o que amplia o engajamento e dá sentido social aos projetos.

 

Entre os temas debatidos estão: Qualidade de água em ambientes escolares de Coremas; Avaliar os impactos do uso não autorizado de celulares na atenção, participação e desempenho dos alunos; Análise das condições de inclusão e estratégias de suporte para alunos Neurodivergentes; Raízes do Saber: Investigar o etnoconhecimento e as práticas populares relacionadas ao uso de ervas medicinais pela comunidade quilombola cidade de Coremas; Avaliar o perfil dos participantes de academias e investigar hábitos e motivos da busca da atividade física; Inventário da Ictiofauna do reservatório do complexo hídrico de Coremas: Diversidade e comportamento no olhar dos pescadores; Avaliação do currículo e impacto do ensino integral e Fake News.

“O desejo é de formar jovens capazes de transformar curiosidade em conhecimento verificável e útil para a comunidade, em consolidar um protagonismo impactando fora da sala de aula contribuindo para valorizar saberes locais, fortalecendo o vínculo entre escola e cidade. Quero também trabalhar em parceria com a Secretaria da Educação, Secties, Fapesq e instituições de ensino superior para integrar via com intercâmbio de iniciação científica com: orientações, acesso a laboratórios, participação em eventos e apoio à publicação dos melhores trabalhos. Essa articulação deve oferecer um caminho concreto para que a experiência de Coremas inspire outras escolas estaduais da Paraíba”, disse Cavalcanti.

Ainda de acordo com Robson “a iniciação científica no Ensino Médio não é um “acessório”, mas um eixo, uma base, que integra leitura, matemática, ciências humanas e tecnologia em problemas reais, desenvolvendo pensamento crítico e literacia em dados — competências essenciais para a vida acadêmica, o trabalho e a cidadania. Ao transformar pesquisas em produtos comunicáveis como artigos, pôsteres, guias comunitários e apresentações, os estudantes percebem que aprender é também intervir com responsabilidade no mundo à sua volta”, concluiu.

O projeto conta ainda com a participação dos professores das disciplinas de Língua Espanhola e Inglesa que fazem a tradução dos artigos. Para isso os docentes são orientados a trabalhar com textos científicos.

 

Jordan Bezerra


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Joaquim Franklin

Formado em jornalismo pelas Faculdades Integradas de Patos-PB (FIP) e radialista na Escola Técnica de Sousa-PB pelo Sindicato dos Radialistas da Paraíba.

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