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Petrobras anuncia novos reajustas para gasolina, diesel e gás de cozinha

Petrobras anuncia novos reajustas para gasolina, diesel e gás de cozinha

Em meio ao debate sobre reajustes dos combustíveis e independência da Petrobras para definir seus preços, a estatal anunciou nesta segunda (8) novos reajustes para gasolina, óleo diesel e gás de cozinha vendidos em suas refinarias.

A gasolina subirá, em média, 8,1% (ou R$ 0,17) passando para R$ 2,25 por litro. O diesel terá alta de 5,1% (R$ 0,11), indo a R$ 2,24 por litro. Já o GLP (gás liquefeito de petróleo) sobe 5,05% (R$ 1,81 por botijão).

Todos os valores correspondem a preços médios nacionais – a Petrobras pratica preços diferentes por refinaria. Eles passam a vigorar a partir desta terça (9). Não consideram impostos nem os outros custos da cadeia de distribuição e revenda.

Será o terceiro reajuste da gasolina e o segundo do diesel em 2021. Nas bombas, os dois produtos acumulam alta de 5,5% e 3,5%, respectivamente, no ano. Na semana passada, a gasolina custava, em média, R$ 4,769 por litro, enquanto o diesel saía a R$ 3,762 por litro.

Os reajustes nas refinarias acompanham a recuperação das cotações internacionais do petróleo, impulsionada pelas expectativas de retomada da economia com o avanço da vacinação contra a Covid-19 pelo mundo.

“Os preços praticados pela Petrobras têm como referência os preços de paridade de importação e, dessa maneira, acompanham as variações do valor dos produtos no mercado internacional e da taxa de câmbio, para cima e para baixo”, disse a empresa nesta segunda.

Críticas de caminhoneiros aos aumentos geraram uma tentativa de reação do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), que reuniu na sexta (5) a área econômica do governo e o presidente da Petrobras, Roberto Castello Branco, para anunciar propostas sobre o tema.

O esforço trouxe de volta dúvidas sobre a independência da Petrobras para definir seus preços, reforçadas após revelação, na tarde daquele dia, que a estatal havia estendido em 2020 o prazo para avaliação da paridade entre os preços internos e as cotações internacionais do petróleo.

“A veiculação de ruídos, como tal, distancia a companhia do sucesso em sua trajetória e torna mais longínqua e improvável a diminuição do desconto pelo qual transaciona [suas ações] perante seus pares globais”, escreveram analistas da Ativa Research, em relatório divulgado na sexta.

A Petrobras nega que a medida seja um sinal de interferência e diz que foi tomada em junho, período em que os preços do petróleo já se recuperavam do tombo recorde do início da pandemia.

 

 

 

Folha Press


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Joaquim Franklin

Formado em jornalismo pelas Faculdades Integradas de Patos-PB (FIP) e radialista na Escola Técnica de Sousa-PB pelo Sindicato dos Radialistas da Paraíba.

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