Brasil poderá registrar 4 mil mortes diárias por Covid-19 se não restringir mobilidade, alerta especialista

Brasil poderá registrar 4 mil mortes diárias por Covid-19 se não restringir mobilidade, alerta especialista

Brasil
Joaquim
19 de março de 2021
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O Brasil poderá registrar a marca de 4 mil mortes diárias pela Covid-19 caso não adote fortes medidas de restrição da mobilidade da população. O alerta foi feito pelo cientista e coordenador da Rede Análise Covid-19, Isaac Schrarstzhaupt, em entrevista ao jornal O Globo, e vem na esteira do aumento do número de mortes e de internações. O Brasil é considerado atualmente o epicentro mundial da pandemia.

“Esse colapso em cascata no país inteiro aumenta a mortalidade a ponto de, se continuar tudo como está, podermos chegar em 4 mil óbitos diários no fim de abril. Essa possibilidade é válida também pelas ações que cada local está fazendo

De acordo com o especialista, é preciso reduzir a circulação de pessoas em, no mínimo, 60% em relação aos níveis registrado antes do início da pandemia para frear o avanço do coronavírus.

“P de medidas que restrinjam a mobilidade no mínimo 60% a menos do que vinha ficando, para começar a ter alguma redução. Isso comparando com países que fizeram isso e tiveram mais sucesso, como Alemanha, Reino Unido, Portugal. Nesses países provavelmente há menos vulnerabilidade social, menos pessoas que moram na mesma casa, então aqui teria que ser ainda mais forte”, disse Schrarstzhaupt.

“As medidas de restrição, quanto mais rígidas, mais reduzem a mobilidade e por menos tempo precisam ser aplicadas. Se a gente faz medidas não tão fortes, a mobilidade não cai o suficiente para ter redução sustentada dos casos. Pode ser que caia no sentido de parar de crescer, mas não o suficiente para diminuir”, ressaltou.

“É preciso no mínimo 14 dias para começar a desacelerar, pelo ciclo de contágio da doença. Com esses dias, começamos a ver redução do crescimento de casos. Mas se resolver ceder no meio do caminho, antes de ter uma queda, pode reverter a tendência e voltar a crescer. Também é preciso fazer um bom plano de reabertura, voltando aos poucos com as atividades”, completou.

 

 

 

Brasil 247

Joaquim Franklin

Joaquim Franklin

Formado em jornalismo pelas Faculdades Integradas de Patos-PB (FIP) e radialista na Escola Técnica de Sousa-PB pelo Sindicato dos Radialistas da Paraíba.

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