Farmacêutica pede à Anvisa uso emergencial da Sputnik V contra a covid-19

Farmacêutica pede à Anvisa uso emergencial da Sputnik V contra a covid-19

Brasil
Joaquim
16 de janeiro de 2021
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O grupo farmacêutico União Química e o RDIF (Fundo de Investimentos Diretos da Rússia) informaram nesta sexta-feira (15) que entraram com pedido de uso temporário emergencial da vacina Sputnik V contra a covid-19.

O fundo soberano russo, financiador e detentor dos direitos comerciais da vacina, tem acordo no Brasil com a União Química para produção local do imunizante. O contrato prevê o fornecimento de 10 milhões de doses da Sputnik V ao Brasil, além da transferência de tecnologia e fornecimento de documentos e biomaterais.

No comunicado, a União Química informa que as doses serão disponibilizadas para o Brasil ainda no primeiro trimestre de 2021 e que o imunizante será produzido nas fábricas de Brasília e Guarulhos (SP). A vacina leva o nome do primeiro satélite soviético, enviado ao espaço em 1957. O “V” é de vacina.

A Anvisa informa que, para uso emergencial, as vacinas precisam estar em fase 3 de testes clínicos realizados no Brasil. O pedido para início de testes humanos do imunizante no Brasil foi feito pelas empresas que desenvolvem a Sputnik em 29 de dezembro. De acordo com a Anvisa, o processo ainda está em andamento e a agência aguarda complementação de informações para encerrar a análise.

A vacina

Apresentada sob o slogan “a primeira vacina de covid-19 registrada”, a Sputnik V foi desenvolvida pelo Instituto Nacional de Pesquisa de Epidemiologia e Microbiologia Gamaleya, ligado ao governo.

Enquanto os testes em humanos de outras vacinas já haviam sido apresentados ao mundo, como era o caso da AstraZeneca/Oxford, Pfizer/BioNTech, Moderna, entre outras, a Rússia surpreendeu ao dizer, em 1º de agosto, que havia concluído as fases 1 e 2 de ensaios clínicos.

Antes mesmo de iniciar a fase 3, considerada a mais importante, por abranger um número maior de participantes, a Rússia já havia registrado a vacina para uso.

Em 25 de agosto, tiveram início os ensaios da fase 3, com 40 mil voluntários na Rússia e em Belarus.

A vacinação dos russos começou sem a conclusão desta etapa, em 5 de dezembro, para profissionais de saúde, assistentes sociais e professores.

 

 

Uol

Joaquim Franklin

Joaquim Franklin

Formado em jornalismo pelas Faculdades Integradas de Patos-PB (FIP) e radialista na Escola Técnica de Sousa-PB pelo Sindicato dos Radialistas da Paraíba.

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