Após post em que chama Maia de ‘Nhonho’, conta de Salles no Twitter é apagada

Após post em que chama Maia de ‘Nhonho’, conta de Salles no Twitter é apagada

Brasil
Joaquim
29 de outubro de 2020
41

O ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, afirmou na manhã desta quinta-feira (29) que a conta dele na rede social Twitter foi usada indevidamente. Na noite desta quarta (28), uma postagem na conta do ministro chamava de “Nhonho” o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ).

Nhonho é o apelido do personagem Febronio Barriga Gordorritúada, interpretado por Édgar Vivar, da série de TV mexicana “Chaves”. Críticos de Maia se referem ao presidente da Câmara como Nhonho.

“Fui avisado há pouco que alguém se utilizou indevidamente da minha conta no Twitter para publicar comentário junto a conta do Pres. da Câmara dos Deputados, com quem, apesar de diferenças de opinião sempre mantive relação cordial”, publicou Ricardo Salles na manhã desta quinta-feira.

Pouco depois dessa nova postagem, a conta de Salles no Twitter foi apagada. Questionado se foi ele quem apagou a conta ou se o perfil foi invadido, o ministro respondeu: “Fiz o procedimento de segurança”.

Indagado se Salles acionará a PF para pedir investigação sobre o caso, o Ministério do Meio Ambiente enviou a seguinte resposta:

“O ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, já encaminhou mensagem diretamente ao Presidente da Câmara, Rodrigo Maia, explicando que não publicou tal mensagem e que vai apurar a utilização indevida de sua conta.”

O Twitter não se manifestou até a última atualização desta reportagem.

 

Salles usou Twitter para atacar ministro e pediu desculpas

A postagem na conta de Salles que chamava Maia de Nhonho foi feita em resposta a uma crítica feita pelo presidente da Câmara no sábado (24).

“O ministro Ricardo Salles, não satisfeito em destruir o meio ambiente do Brasil, agora resolveu destruir o próprio governo”, escreveu o parlamentar na ocasião.

Maia fez a crítica após Salles ter usado o Twitter para chamar de “Maria Fofoca” o ministro-chefe da Secretaria de Governo, Luiz Eduardo Ramos.

Salles atribuiu ao colega a origem de uma notícia publicada pelo jornal “O Globo”, segundo a qual ele, Salles, “estica a corda” com a ala militar do governo — da qual Ramos, general da reserva, faz parte — ao reclamar da falta de recursos para o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama).

“Ministro Luiz Ramos, não estiquei a corda com ninguém. Tenho enorme respeito e apreço pela instituição militar. Atuo da forma que entendo correto. Chega dessa postura de #mariafofoca”, escreveu Salles em rede social.

Depois, o ministro do Meio Ambiente pediu desculpa.

 

 

 

G1

Joaquim Franklin

Joaquim Franklin

Formado em jornalismo pelas Faculdades Integradas de Patos-PB (FIP) e radialista na Escola Técnica de Sousa-PB pelo Sindicato dos Radialistas da Paraíba.

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