A conta de luz dos brasileiros deve continuar mais cara até o final de 2024, com a cobrança de bandeira amarela ou vermelha — que adicionam um valor extra às tarifas.
A previsão é do diretor-geral da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), Sandoval Feitosa, em entrevista a jornalistas nesta quarta-feira (18).
Para Feitosa, há uma “grande tendência de que ela [a bandeira tarifária] permaneça entre amarela e vermelha até o fim do ano”.
Atualmente, a bandeira tarifária cobrada é a “vermelha patamar 1”, que representa um valor extra de R$ 4,46 a cada 100 quilowatts-hora consumidos (kWh).
O consumo médio em uma casa brasileira na zona urbana é de aproximadamente 150 kWh a 200 kWh (sem ar-condicionado).
Como funciona a bandeira
O sistema de bandeiras tarifárias foi criado pela Aneel para sinalizar o custo da geração de energia. Quando o custo de produção aumenta, com o acionamento de usinas termelétricas, a bandeira muda de cor.
“Aquela bandeira que é acionada, é acionada para fazer frente ao custo que vem. Então, se a bandeira vem vermelha, nós vamos sinalizar a necessidade de arrecadar um recurso tal para fazer jus àquele custo”, explicou Feitosa.
O diretor-geral da Aneel afirma que o país vai entrar em “um momento mais estressante”, mas o saldo da conta bandeira — que recebe os valores pagos na conta de luz — poderia ajudar a reduzir o impacto aos consumidores.