Covid em baixa: médicos explicam se já é seguro abandonar as máscaras

Covid em baixa: médicos explicam se já é seguro abandonar as máscaras

Brasil
Joaquim
19 de agosto de 2022
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Com a melhora no cenário epidemiológico da pandemia, tornou-se cada vez mais comum ver pessoas sem máscara na rua ou no trabalho. O uso do acessório de proteção contra o coronavírus virou praticamente uma exceção conforme os governos estaduais foram flexibilizando as medidas de restrição, optando primeiro por tornar o uso facultativo em ambientes abertos e, depois, nos fechados.

Nessa quarta-feira (17/8), a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) deu mais um passo e decidiu pelo fim da obrigatoriedade do uso de máscaras em aeroportos e aviões.

Mas afinal de contas, as pessoas que continuam a usar máscara podem se sentir mais seguras para aposentar o item de proteção? Especialistas em saúde afirmam que o cenário é favorável, mas os casos ainda precisam ser avaliados individualmente.

A infectologista Joana D’arc Gonçalves, mestre em medicina tropical pela Universidade de Brasília (UnB), explica que ainda vivemos um momento de fragilidade por causa das pessoas que não se vacinaram e da possibilidade do surgimento de novas variantes. Porém, a situação do momento é de estabilidade, com taxa de transmissibilidade mais baixa e menor ocupação de leitos hospitalares.

No Distrito Federal, por exemplo, a taxa de transmissão do coronavírus na última terça-feira (16/8) era de 0,77, segundo o boletim epidemiológico da Secretaria de Saúde. Isso significa que para cada 100 pessoas doentes, 77 podem ser infectadas — o índice abaixo de um significa que o vírus está controlado.

“A gente acha que sim, é um um momento favorável à flexibilização por causa da estabilidade. Já é seguro ficar sem máscara, mas é uma dança. Dependendo do movimento, do nosso comportamento, se houver um excesso de exposição, de falta de cuidado e de não cumprimento do calendário vacinal, esse cenário muda”, afirma a médica.

Quem deve usar máscara sem exceções?

A máscara é uma ferramenta de proteção tanto individual quanto coletiva. Pessoas com sintomas de doenças respiratórias que possam ser transmitidas ainda devem usá-la. Ou seja: acordou com o nariz escorrendo, dor de garganta ou tosse? Não deixe de usar o item enquanto persistirem os sintomas.

Indivíduos com alto risco para a forma grave da doença também devem garantir a própria proteção. Entram nesse grupo os idosos; pacientes em tratamentos de câncer, com quimioterapia ou imunobiológicos; com câncer em atividade; e com doenças hematológicas em atividade, como leucemia e linfoma, que estejam em tratamento.

 

 

Metropoles

Joaquim Franklin

Joaquim Franklin

Formado em jornalismo pelas Faculdades Integradas de Patos-PB (FIP) e radialista na Escola Técnica de Sousa-PB pelo Sindicato dos Radialistas da Paraíba.

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