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Mutirão ‘Meu pai tem nome’ já beneficia mais de 400 crianças e adultos com registro paterno e testes de DNA, na Paraíba

Mutirão ‘Meu pai tem nome’ já beneficia mais de 400 crianças e adultos com registro paterno e testes de DNA, na Paraíba

O mutirão nacional “Meu Pai Tem Nome” realizado há mais de quatro anos, na Paraíba, já beneficiou mais de 400 crianças, jovens e adultos. A ação deste sábado (16) realizou mais de 70 atendimentos em cinco cidades da Paraíba. Em seu quarto ano, a campanha idealizada pelo Conselho Nacional de Defensoras e Defensores Públicos-Gerais (Condege) e realizada, localmente, pelo Núcleo de Proteção à Infância e Juventude (Nepij) com apoio dos Núcleos Regionais de Atendimento contou com o reconhecimento voluntário de paternidade, investigação (exame de DNA) e filiação socioafetiva.
O serviço foi ofertado em cinco polos de atendimentos: João Pessoa, Cabedelo, Campina Grande, Guarabira e Patos. Na capital, a ação também contou com outros atendimentos, como a emissão da nova Carteira de Identidade Nacional (CIN), atualização do CadÚnico, vacinação e serviços ligados ao Registro Civil, como 2ª via e retificação. O evento contou com esforços de vários setores da instituição e parcerias importantes com o Hemocentro, Secretaria de Estado de Desenvolvimento Humano (Sedh) e Prefeitura Municipal de João Pessoa (PMJP).
A sede do Nepij, na capital, concentrou a maioria das demandas. Foram 34 atendimentos, sendo 29 com exames de DNA, quatro de reconhecimento de paternidade socioafetivo e um caso de reconhecimento de paternidade voluntário. Pessoas de outros municípios também vieram em busca do nome paterno em seus documentos.
 Nos demais polos de atendimento do mutirão, a demanda aconteceu de forma espontânea. Em Campina Grande, foram atendidos 24 casos, 12 deles com exame de DNA. Os demais atendimentos aconteceram nas cidades de Patos, Guarabira e Cabedelo.
De acordo com o defensor público José Gerardo Rodrigues Júnior, coordenador do Nepij, a conscientização está aumentando, já que o número de crianças sem o nome do pai na certidão de nascimento está diminuindo. “Isso é motivo de muito orgulho do nosso trabalho e nos motiva a querer expandir o mutirão para outras cidades. Este ano, foram cinco. No ano anterior, foram três. No primeiro ano foi apenas em João Pessoa. É gratificante ver resultados efetivos e práticos de maneira imediata para a vida das pessoas. E quem não pôde comparecer no dia D da campanha, a Defensoria Pública faz esse atendimento diariamente onde houver atendimento da instituição”, declarou.
EXPERIÊNCIA
O jornalista Germano Costa trouxe a filha Maya Chacon para o reconhecimento voluntário de paternidade. Ele conta que após a adoção, a mãe dela cuidou de tudo e, na época, não conseguiu da adoção, os pais esperaram que ela completasse a maioridade para a realização do sonho tão aguardado. “Ela é minha filha. Crio desde que nasceu, minha filha é nossa, legitimamente, faltava só formalizar isso. Esperamos ela fazer 18 anos e o presente dela é a paternidade, o nome do pai no registro de nascimento”, relatou Germano. A história de Maya ganhou uma nova página com este reconhecimento, mas o livro que conta esta história, tem o pai como um personagem sempre presente. “Ele sempre se fez de presente. E faz tudo por mim, para me ver feliz. O que faltava se concretizou hoje. Vamos esperar agora os trâmites e alterar a certidão de nascimento, porque a vida continua igualzinho ao que foi a vida toda”, confessou Maya.
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Joaquim Franklin

Formado em jornalismo pelas Faculdades Integradas de Patos-PB (FIP) e radialista na Escola Técnica de Sousa-PB pelo Sindicato dos Radialistas da Paraíba.

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