Paraíba registra taxa média recorde de desemprego em 2020

Paraíba registra taxa média recorde de desemprego em 2020

Destaque Paraíba
Joaquim
11 de março de 2021
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A taxa média de desocupação na Paraíba foi recorde em 2020, passando de 11,6% em 2019, para 14,6% no último ano, segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD C), divulgada nesta quarta-feira (10), pelo IBGE. A alta foi acompanhada por um avanço na média nacional, de 11,9% para 13,5%, que também registrou o maior percentual da série histórica, iniciada em 2012, assim como outras 19 unidades da federação. Nessa comparação, o número médio de pessoas desocupadas no estado teve um crescimento de 16,8% frente a 2019 e passou de 195 mil para 227 mil.

Por outro lado, com uma média de 1,3 milhão de pessoas trabalhando, o nível de ocupação foi o mais baixo de todos os anos da série. O levantamento aponta que, em 2020, menos da metade da população paraibana em idade de trabalhar estava ocupada, cerca de 40,9%. O indicador ficou abaixo das médias do país (49,4%) e da região (41,3%).

A taxa de informalidade também recuou e passou de 53,1%, em 2019, para 48,6%, no último ano. A proporção de trabalhadores informais no total de ocupados na Paraíba é maior que a brasileira (38,7%), mas menor que a nordestina (51,1%). Todos esses indicadores apresentaram queda em comparação ao ano anterior. Os informais são os trabalhadores sem carteira, trabalhadores domésticos sem carteira, empregador sem CNPJ, conta própria sem CNPJ e trabalhador familiar auxiliar.

“A queda da informalidade não está relacionada a mais trabalhadores formais no mercado. Está relacionada ao fato de trabalhadores informais terem perdido sua ocupação ao longo do ano. Com menos trabalhadores informais na composição de ocupados, a taxa de informalidade diminui”, explicou a analista da pesquisa, Adriana Beringuy, lembrando que informais foram os primeiros atingidos pelos efeitos da pandemia.

Em relação ao rendimento médio de todos os trabalhos, efetivo, o paraibano foi de R$ 1.895. Embora esse tenha sido o 9º menor valor do país, foi o 2º maior da região, atrás apenas do constatado no Rio Grande do Norte, de R$ 1.985.

Nível de ocupação cresce no 4º trimestre

Na análise trimestral, o nível de ocupação no 4º trimestre (41,5%), com 1,3 milhão de pessoas ocupadas, cresceu 3,5 pontos percentuais (p.p.) em relação à proporção que havia sido observada no 3º trimestre (38%). Apesar disso, se comparado ao mesmo período de 2019, o indicador registrou retração de 4,2 p.p., representando também a menor taxa para o mesmo período dos demais anos, desde o início da série histórica em 2002.

Nos últimos três meses do ano, a taxa de desocupação foi de 15,1% e, embora tenha permanecido estatisticamente estável frente ao trimestre anterior (16,8%), foi maior que a verificada no mesmo intervalo de tempo em 2019 (12,1%), sendo ainda a maior taxa para o mesmo período dos demais anos da série histórica. O número de desocupados, por sua vez, foi de 241 mil.

Por sua vez, a taxa de informalidade paraibana foi de 48,8%, no 4º trimestre de 2020, a 10ª maior do país, mas a 3ª menor do Nordeste, superior apenas às verificadas nos estados de Alagoas (43,7%) e do Rio Grande do Norte (45,6%).

No setor privado, o número de empregados com carteira de trabalho assinada foi de 286 mil, apontando para uma redução de 54 mil pessoas no contingente, cerca de 15,9%, diante do mesmo período do ano anterior. Já entre aqueles que não tinham carteira assinada, a queda foi ainda maior, de 28,4%, que representam 64 mil pessoas a menos empregadas dessa forma, de modo que o total chegou a 162 mil. Contudo, em ambos os casos, não houve variação estatisticamente significativa diante dos resultados constatados no 3º trimestre de 2020.

 

Wscom

Joaquim Franklin

Joaquim Franklin

Formado em jornalismo pelas Faculdades Integradas de Patos-PB (FIP) e radialista na Escola Técnica de Sousa-PB pelo Sindicato dos Radialistas da Paraíba.

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