Investigações da Polícia Federal revelaram um vínculo íntimo e próximo entre o ex-deputado TH Joias e Índio, líder do Comando Vermelho (CV). Segundo os investigadores, as imagens e mensagens interceptadas indicam que a relação ultrapassa o âmbito político e financeiro.
Além do relacionamento pessoal, Índio transferiu R$ 148 mil a TH Joias e prometeu mais R$ 90 mil a um advogado ligado ao grupo, em troca de proteção política e jurídica. O esquema, segundo a PF, movimentou mais de R$ 140 milhões desde 2020, envolvendo tráfico de drogas, venda de armas e fraudes em contratos públicos.
Operação policial
A ação, deflagrada em 3 de setembro, resultou na prisão de 15 pessoas, incluindo três policiais militares e um delegado da PF. Com TH Joias, localizado em um condomínio de luxo na Barra da Tijuca, foram apreendidos R$ 5 milhões em espécie.
Estrutura criminosa
A investigação identificou um grupo logístico formado por policiais da ativa, da reserva e agentes do Degase, que atuavam como escolta e compartilhavam informações sobre operações.
Papel de Índio
Índio movimentou sozinho mais de R$ 120 milhões nos últimos cinco anos, negociando drogas e armas dentro e fora do Brasil. Ele deve ser transferido para um presídio federal nos próximos dias.
Em imagens obtidas pela investigação, Índio, líder do CV, aparece em momentos de proximidade pessoal e afeto com o ex-deputado TH Joias. Em outras cenas, ele envia vídeos e mensagens com gestos de carinho, além de selfies direcionadas ao político, reforçando a natureza íntima e próxima do relacionamento.
Impacto
A descoberta de uma relação íntima entre um político e um líder de facção traz uma dimensão inédita ao caso, mostrando como vínculos pessoais podem se entrelaçar com poder e crime organizado, e promete repercussões tanto na política fluminense quanto na cúpula do CV (Foto acima).
Resumo da notícia
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PF revela vínculo íntimo e financeiro entre TH Joias e líder do CV, Índio.
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Ínicio de esquema envolveu R$ 148 mil e promessas de mais R$ 90 mil.
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Investigação aponta movimentação de R$ 140 milhões desde 2020.
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15 presos, incluindo policiais e delegado da PF.
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Caso expõe interseção entre crime organizado, política e relações pessoais.