Fim do Covid Zero arrisca onda avassaladora do vírus na China

Fim do Covid Zero arrisca onda avassaladora do vírus na China

Brasil
Joaquim
10 de dezembro de 2022
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A China enfrenta uma tarefa gigantesca ao abandonar o Covid Zero, com previsão de disparada de infecções e mortes de até 2 milhões de pessoas.

A nação mais populosa do mundo rapidamente deixa para trás testes em massa, confinamentos e quarentenas centralizadas que definiram a política rigorosa contra o vírus por três anos. No entanto, pouco tempo foi gasto para colocar em prática as medidas de mitigação necessárias para lidar com uma explosão de casos, que podem totalizar 5,6 milhões por dia no pico, segundo algumas estimativas.

Ao contrário do vai-e-vem de surtos localizados que ocorreram nos EUA e na Europa, é provável que a China veja uma onda de infecções engolir o país de uma só vez em uma população que até agora evitou amplamente a exposição ao vírus.

O resultado é que a mudança para o convívio com o vírus na China provavelmente será diferente de tudo que o mundo viu até agora.

Especialistas em ciência e economia pintam um quadro de caos iminente, com faltas de trabalhadores paralisando fábricas, doenças graves sobrecarregando hospitais e surtos levando a população a ficar em suas casas.

Entre 1,3 milhão e 2,1 milhões de pessoas podem morrer, com base na experiência anterior de Hong Kong com a variante ômicron, de acordo com uma estimativa da empresa de pesquisa Airfinity, com sede em Londres.

A China enfrenta uma tarefa gigantesca ao abandonar o Covid Zero, com previsão de disparada de infecções e mortes de até 2 milhões de pessoas.

Essa projeção colocaria o pico de infecções perto do início do Ano Novo Lunar, o feriado mais importante do ano na China. Antes da Covid, as viagens durante a folga de uma semana eram o maior evento de migração em massa do mundo, quando os trabalhadores de fábricas retornavam às suas aldeias natais para visitas anuais. O clima de inverno também aumentará a propagação do vírus, pois as pessoas passam mais tempo em locais fechados.

Os desafios serão assustadores. Asilos terão que lutar para proteger idosos vulneráveis, escolas fecharão por longos períodos devido a ondas de infecção e as empresas não terão trabalhadores suficientes à medida que a doença se instaura.

A dependência da China de vacinas domésticas menos potentes significa que várias doses serão essenciais. A circulação mínima do vírus até agora permitiu que as pessoas — e o que é mais preocupante, os idoso — ficassem sem imunização.

MSN

Joaquim Franklin

Joaquim Franklin

Formado em jornalismo pelas Faculdades Integradas de Patos-PB (FIP) e radialista na Escola Técnica de Sousa-PB pelo Sindicato dos Radialistas da Paraíba.

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