Lula e Alckmin reúnem-se nesta segunda-feira (11) para definir plano de apoio a setores afetados pelas novas tarifas dos EUA sobre produtos brasileiros.
Governo anuncia plano emergencial contra impacto no comércio exterior
Até terça-feira (12), o governo deve apresentar um plano de resposta emergencial com crédito para empresas mais afetadas e aumento das compras públicas para compensar perdas no mercado externo. Pequenos produtores, com alta dependência das exportações para os Estados Unidos, serão prioridade nas ações do governo.
Um dos pontos previstos é a criação de um parâmetro técnico para medir os efeitos econômicos das tarifas em cada setor, considerando o volume de exportações comprometidas pelo novo cenário comercial.
Desde o último dia 6 de agosto, entrou em vigor a tarifa adicional de 50% sobre uma parcela significativa das exportações brasileiras ao mercado norte-americano. Assinada em 30 de julho pelo presidente dos EUA, Donald Trump, a medida afeta 35,9% das mercadorias brasileiras vendidas ao país, equivalente a 4% das exportações totais do Brasil.
Paralelamente ao pacote de apoio emergencial, o governo brasileiro também busca ampliar a lista de produtos que ficaram de fora das novas tarifas. Atualmente, cerca de 700 itens ainda permanecem com a tarifa anterior de 10%. No entanto, diante do cenário econômico, essa condição poderá, eventualmente, mudar, sobretudo se novas medidas forem implementadas. Desse modo, os setores envolvidos, por conseguinte, teriam que adotar ajustes para se adequar às eventuais alterações.
Entre eles estão suco e polpa de laranja, combustíveis, minérios, fertilizantes e aeronaves civis, além de motores, peças e componentes aeronáuticos.