O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou, nesta quinta-feira (9), a previsão para a safra de cereais, leguminosas e oleaginosas deste ano. O levantamento Sistemático da Produção Agrícola (LSPA), realizado em fevereiro, estimou a produção de 298 milhões de toneladas em 2023,
A previsão é 1,3% menor (ou 3,9 milhões de toneladas a menos), em relação a estimativa da pesquisa anterior, de janeiro. A redução da safra deve-se principalmente pela estiagem, provocada pela La Ninã, no Rio Grande do Sul, terceiro maior produtor de grãos do país, apontado pelo IBGE.
Apesar dos problemas climáticos que afetam a região, a safra deve ser 13.3% superior (34,9 milhões de toneladas a mais), comparado ao ano passado.
Mesmo com os ajustes na previsão, esperam-se aumentos, em relação a 2023, nas safras de soja (21.3%), milho (10,2%) e algodão herbáceo (1,4%). “A safra [de 298 milhões de toneladas] é recorde na série histórica do IBGE. As produções de soja e de milho também são recorde na série histórica”, ressalta o pesquisador do instituto, Carlos Barradas.
É esperado também a queda nas safras de lavouras como o arroz (-6%) e o trigo (-13,8%).
Em relação à área colhida, o IBGE enfatiza o crescimento, em relação ao ano passado, nos cultivos de soja (4,8%), milho (4,1%) e algodão herbáceo (1,2%). São esperados quedas nas áreas a serem colhidas nas lavouras de arroz (-5,8%) e de trigo (-2,8%).
