Com apoio do TJPB, reeducandas fabricam 220 mil máscaras e concorrem a prêmio nacional

Com apoio do TJPB, reeducandas fabricam 220 mil máscaras e concorrem a prêmio nacional

Paraíba Saúde
Joaquim
16 de agosto de 2020
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As reeducandas do sistema carcerário da Paraíba, com o apoio do Poder Judiciário estadual, estão concorrendo a um prêmio nacional de excelência em competitividade. Dentro do Projeto “Esperança Viva”, mulheres privadas de liberdade das unidades prisionais de João Pessoa, Campina Grande, Patos e Cajazeiras fabricaram mais de 220 mil máscaras. O reconhecimento veio devido à iniciativa que é desenvolvida pela Secretaria de Administração Penitenciária (Seap), desde o início do período da pandemia, sendo o Estado pioneiro nesse tipo de produção em penitenciárias femininas.

“A produção das máscaras significa um benefício social de grande alcance. Primeiro, porque atende a uma necessidade do momento, que é a proteção contra a pandemia do coronavírus (Covid-19). Ainda com este equipamento essencial, é possível atender não apenas o consumo interno, mas, também, outras entidades”, comentou o juiz titular da Vara de Execução Penal (VEP) da Comarca de João Pessoa, Carlos Neves da Franca Neto. Ele acrescentou que a cada três dias de trabalho, um dia da pena é remido. “Por estes e outros motivos, louvo esta iniciativa da Seap, que tem apoio do Poder Judiciário estadual, e penso que iniciativas como estas são importantes para contribuir para um melhor sistema penitenciário”.

De acordo com o secretário de Estado da Administração Penitenciária, coronel Sérgio Fonseca, essa é uma das atividades, dentre as diversas medidas preventivas que foi estabelecida no Plano de Contingência à Covid-19”, destacou. “O Poder Judiciário sempre foi nosso parceiro, nessa e em outras ações”, informou.

Temporariamente, a fabricação do produto está suspensa na Penitenciária Júlia Maranhão, em João Pessoa. Sérgio Fonseca adiantou que essa suspensão se deu a um bom estoque armazenado de unidades e o recebimento de 1.500 máscaras pelo Ministério da Justiça. “Também reduzimos a produção nas demais unidades. Na Capital, vamos voltar com o Projeto Castelo de Bonecas, que tinha cedido seu espaço para a fábrica de máscaras”, adiantou o secretário.

O Projeto Castelo de Bonecas é um trabalho artesanal de produção de bonecas. A ação de ressocialização é desenvolvida na Penitenciária, sob a coordenação da juíza auxiliar da Vara de Execução Penal (VEP) da Capital, Andréa Arcoverde Cavalcanti Vaz. Conta com o apoio do Tribunal de Justiça da Paraíba, por meio de suporte financeiro disponibilizado pelo Juizado Especial Criminal da Capital (Jecrim), pelo 1° Juizado Especial Misto de Mangabeira e pela Vara de Execução de Penas Alternativas (VEPA).

Joaquim Franklin

Joaquim Franklin

Formado em jornalismo pelas Faculdades Integradas de Patos-PB (FIP) e radialista na Escola Técnica de Sousa-PB pelo Sindicato dos Radialistas da Paraíba.

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