O fogo se alastra pelo Brasil e deixa a qualidade do ar crítica de Norte a Sul. Só nas últimas 48 horas as equipes de combate enfrentaram 8 mil novos focos de incêndio.
A fumaça afeta até regiões úmidas. No Rio de Janeiro, a fuligem e a poeira dos incêndios mudaram a paisagem e fizeram despencar a umidade relativa do ar, que não passou de 30% nesta quarta-feira (11), que foi o dia mais quente do inverno, com 38,5 graus.
Em São Carlos, no interior de São Paulo, os bombeiros conseguiram controlar um enorme incêndio que se espalhou em área verde perto do centro de manutenção de aviões da Latam. O fogo não atingiu a estrutura da companhia.
Só nos primeiros 10 dias de setembro, mais de 40 mil focos foram registrados no país, segundo o Inpe. E 11 mil só em Mato Grosso, onde a situação é mais grave.
O estado faz divisa com a Bolívia, que também está em chamas. Uma área do parque nacional San Matías, em Santa Cruz de La Sierra está sendo destruída por um incêndio fora de controle, com mais de 30 quilômetros de extensão.
Bombeiros do Distrito Federal chegaram ontem para ajudar no combate ao fogo. Hospitais estão cheios de pessoas com problemas respiratórios. A máscara voltou a ser usada na região porque não se aguenta respirar o ar extremamente poluído. A população da cidade reza por chuva.
Entre as causas para os incêndios está uma junção de fatores: altas temperaturas, queimadas, tempo seco, o vento que ajuda a espalhar o fogo e os incêndios criminosos.
Em Cascavel, no Paraná, a polícia procura por um homem que foi flagrado colocando fogo em um matagal.